O contador Bilal Hasham e sua esposa jornalista, Mariam, vivem felizes na sonolenta vila de caixa de chocolate onde vivem há oito anos.Então Bilal é convocado para a cama de sua mãe moribunda em Birmingham.Sakeena Hasham não é muito tempo para este mundo, mas se recusa a deixá-lo até que ela garanta que seu filho se lembre de quem ele é: um muçulmano, por mais que ele tente ignorá-lo.Ela tem um último pedido a fazer.Em vez de sussurrar suas orações em seus momentos de morte, ela instrui Bilal a ir para casa, para sua aldeia, Babbels End, e construir uma mesquita.Mariam está horrorizada.Os aldeões estão indignados.Como pode um Bilal enlutado escolher entre honrar o último desejo de sua amada mãe e preservar tudo o que é querido no vilarejo que ele chama de lar?Mas, afinal de contas, o lar significa coisas diferentes para pessoas diferentes.As linhas de batalha são traçadas e esta pequena comunidade tradicional torna-se a tela colorida sobre a qual as questões mais atuais e fundamentais de identidade, amizade, família e união são jogadas.O que faz de nós quem somos, quem queremos ser e até onde iríamos para lutar por isso?
"Ele se foi..."Quando sua filha Samantha chama na calada da noite, John Rebus sabe que não é uma boa notícia.O marido dela está desaparecido há dois dias.Rebus teme o pior - e sabe desde sua vida na polícia que sua filha será a principal suspeita.Ele não era o melhor pai - o trabalho sempre veio primeiro - mas agora sua filha precisa dele mais do que nunca.Mas será que ele vai como pai ou como detetive?Ao sair de madrugada para dirigir para a costa ventosa - e uma pequena cidade com grandes segredos - ele se pergunta se esta será a primeira vez em sua vida em que a verdade é a única coisa que ele não quer encontrar...
Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador da cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto. Mas depois de conhecer Bibiana Terra, nada convence Rodrigo a arredar o pé da aldeia. Nem a aspereza de Pedro, pai de Bibiana, nem a zanga do coronel, que não vê com bons olhos os modos do capitão. Nem mesmo o fato de a moça ser cortejada por Bento Amaral, filho de Ricardo. Voluntariosa, Bibiana desconfia das intenções do forasteiro. Rodrigo, porém, está apaixonado por ela e quer casar-se. Como ele mesmo diz, não tem medidas, "é oito ou oitenta". Para o capitão Cambará, é matar ou morrer, num descomedimento que sugere o descortinar de uma crise anunciada. Descrente dos valores prefixados, sejam eles impostos pelo governo ou pela Igreja, Rodrigo é insubordinável: "Se Deus fez o mundo e as pessoas, Ele já nos largou, arrependido". Personagem multifacetado, ora simpático ora cruel, revela o poder de Erico Verissimo de criar figuras cativantes. Extrato da trilogia O tempo e o vento, Um certo capitão Rodrigo mescla à ficção fatos da história brasileira, como a Revolução Farroupilha. Foi lançado, ainda em vida do autor, como romance à parte, dotado que é de vigor e encantamento próprios.