No centro estava um rapaz com o rosto corado de raiva a confrontar outro estudante que parecia imperturbável O coração de Claras acelerou quando se apercebeu que tinha tropeçado num conflito que se estava a preparar

No centro estava um rapaz com o rosto corado de raiva a confrontar outro estudante que parecia imperturbável O coração de Claras acelerou quando se apercebeu que tinha tropeçado num conflito que se estava a preparar

Tomoko Umanzor

213,715 Palavras

5.0

Descrição

Os estudantes juntaram-se em redor, com as vozes a elevarem-se em agitação. No centro da multidão estava um jovem, com o rosto corado de raiva enquanto confrontava outro aluno. O coração de Clara acel erou enquanto abria caminho por entre a multidão, desesperada por perceber o que estava a acontecer. À medida que se aproximava da frente, foi captando fragmentos da discussão acalorada. O jovem acusava o outro de ter feito batota no exame, com uma voz carregada de traição. Clara sentiu um arrepio na espinha; a tensão no ar era palpável, e ela podia sentir que este confronto era mais do que apenas desonestidade académica. Era um choque de reputações, de amizades e do próprio tecido dos seus círculos sociais. De repente, a aluna acusada, uma rapariga de traços marcantes, virou-se para Clara, com os olhos a pedir apoio. "Tu conheces-me, Clara! Eu nunca faria batota!", exclama, com um desespero evidente na sua voz. A mente de Clara ficou confusa - ela tinha visto a rapariga a estudar incansavelmente na biblioteca, mas será que podia realmente dar o seu aval em frente de todo o campus? Antes que Clara pudesse responder, a multidão começou a murmurar, as suas opiniões mudando como o vento. Sussurros de dúvida e especulação enchiam o ar e Clara apercebeu-se que o resultado deste confronto poderia mudar tudo para a rapariga no centro de tudo. Com o coração aos saltos, Clara deu um passo em frente, sentindo uma inesperada onda de coragem. "Eu acredito nela", declarou, a sua voz cortando o ruído. A multidão calou-se, todos os olhos viraram-se para Clara. Naquele momento, ela compreendeu o peso das suas palavras e as potenciais consequências da sua escolha. Seria ela capaz de manter a sua decisão se isso significasse enfrentar a reação negativa dos seus pares? Enquanto a tensão pairava no ar, Clara sabia que este era apenas o início de uma viagem tumultuosa, que iria testar a sua determinação, as suas amizades e a própria essência de quem ela era. Os riscos eram maiores do que ela alguma vez imaginara, e a chuva de agosto era apenas o prelúdio da tempestade que estava prestes a desabrochar.